Pesquisas no Brasil e EUA revelam otimismo de consumidores e do varejo sobre a retomada econômica

Pesquisa da Verizon Business, chamada “Resposta de pequenas empresas ao COVID-19”, entrevistou 500 pequenas e médias empresas americanas e revelou um otimismo em relação à pós-pandemia. Mais da metade dos pequenos varejistas (68%) acredita que será capaz de recuperar as perdas financeiras provocadas pelo COVID-19 e o isolamento social dos últimos meses – mesmo com 78% deles admitindo que suas vendas despencaram.

Além disso, a pesquisa mostrou que 43% planejam expandir seus negócios por meio de tecnologia digital e afins; 30% já mudaram a maneira com que entregam produtos e serviços digitalmente; 48% das pequenas empresas dizem que é improvável que precisem retomar as operações com uma equipe menor; e menos de um quarto (24%) afirma ter deixado de pagar contas (aluguel, serviços públicos, etc.).

Esses dados revelam que após o choque inicial da pandemia muitas pequenas empresas já estão se concentrando no futuro, pensando em novas maneiras de se adaptar e de obter sucesso nos negócios.

E no Brasil? Será que esse otimismo também é parte da nossa realidade?

Ainda não existe um levantamento como o americano, mas uma outra pesquisa feita aqui recentemente indica que as empresas de forma geral, não apenas as SMBs, podem se manter otimistas sim quanto ao futuro. Estamos falando da pesquisa sobre hábitos de consumo realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) para a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). O levantamento demonstrou que as pessoas estão predispostas a consumir, mas mantendo hábitos que adquiriram durante o isolamento social.

Entre os 1.000 entrevistados — de um universo de 100 milhões bancarizados — 30% pretendem aumentar as compras por e-commerce; 28% planejam usar mais os serviços de delivery e 27% querem aumentar o trabalho na modalidade home office. A pesquisa mostrou também que 45% dos entrevistados pretendem dedicar mais tempo à família e aos filhos, o que demonstra uma tendência de valorização da casa e pode indicar aumento do consumo de eletrodomésticos e eletroeletrônicos.

A pesquisa brasileira mostrou ainda que 49% dos entrevistados acreditam que suas finanças voltarão ao patamar de antes da pandemia em até um ano. Desses, 21% apostam que a retomada poderá se dar ainda mais rápida, em até seis meses. 60% dos entrevistados querem manter ou elevar o uso do cartão de crédito; 15% planejam usar crédito bancário na compra de material de construção para reformar seu imóvel; 15% têm intenção de financiar a compra de imóveis e 14% dizem também que irão contratar financiamento para adquirir carros e motos.

Levando esses dados proporcionalmente ao universo de pessoas que têm conta em banco, estamos falando de um contingente entre 14 e 15 milhões de pessoas que estão dispostas a voltar a consumir bens, produtos, serviços e crédito. Trata-se de uma ótima notícia e que demonstra que, se nada mais aparecer no cenário internacional para atrapalhar, o ministro Paulo Guedes tem razão quando diz: “Essa crise de saúde e econômica será superada e o país seguirá com as reformas. Tenho certeza que o Brasil vai surpreender”.

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